sábado, 12 de novembro de 2011

O que você precisa saber sobre Doação de Órgãos e Tecidos

O que você precisa saber sobre Doação de Órgãos e Tecidos
Doação de Órgãos e Tecidos: um ato que ajuda ou pode até salvar a vida de uma pessoa.
O que é.
A doação de órgãos ou de tecidos é um ato pelo qual manifestamos a
vontade de doar uma ou mais partes do nosso corpo para ajudar no
tratamento de outras pessoas. A doação pode ser de órgãos ( rim, fígado,
coração, pâncreas e pulmão) ou de tecidos, (córnea, pele, ossos, válvula
cardíacas, cartilagem, medula óssea e sangue  do  cordão umbilical).
Quais e quantas partes do corpo humano podem ser doadas
para transplantes?
Rins, pulmões, córneas, válvulas cardíacas, coração, pâncreas e fígados
são frequentemente doados. Além destes, temos a doação de intestino
delgado, pele e ossos ou até mesmo uma parte completa (mão e face).
Existe limite de idade para ser doador de órgãos e tecidos?
Não , O que determina o uso de partes do corpo para transplantes é o
estado de saúde com base em uma avaliação médica do doador.
Quais órgãos e tecidos podem ser obtidos de um doador vivo?
Rim: por ser um órgão duplo, pode ser doado em vida. Doa-se um dos rins
e tanto o doador quanto o transplantado, pode levar um vida perfeitamente
normal.
Medula Óssea: Pode ser obtida por meio de aspiração óssea direta ou
pela coleta de sangue.
Fígado e Pulmão: poderão ser doados partes destes órgãos.
Existem riscos para um doador vivo?
Hoje com o avanços tecnológicos e a capacitação dos profissionais da área
médica, os riscos estão cada vez menores. Porém, há o risco associado a
qualquer tipo de cirurgia e existem relato de doadores que faleceram devido
a complicações do procedimento de doação de órgãos  Converse com seu
médico sobre esses riscos que variam para cada situação.
Qual a chance de sucesso de um transplante?
As chances são altas. Mas o sucesso depende de inúmeros fatores como,
por exemplo, o tipo de órgão a ser transplantado, a causa da doença e as
condições de saúde do paciente, entre outras. Existem pessoas que fizeram
transplante de órgãos há mais de 25 anos. tiveram filhos e levam hoje uma
vida ativa e normal.
Quantas pessoas aguardam por um transplante no Brasil?
Atualmente mais de 60.000 pessoas estão em lista de espera aguardando
por um transplante compatível. Este número tende a aumentar e menos de
10% recebe um órgão ou tecido doado a cada ano por falta de doadores.
Por que é difícil doar órgãos ?
Existe um desconhecimento geral sobre quem pode doar e o que pode
ser doado. Isso dificulta a doação. Desta forma, a maneira correta é procurar
esclarecimento e discutir sobre o assunto. Pode ser muito difícil discutir isso
com seus familiares e amigos, mas é necessário.
Qualquer que seja sua vontade ou desejo, após esclarecer suas dúvidas,
é muito importante que sua família saiba disso.
Como devo proceder se quiser ser doador?
A atitude mais importante é informar esse desejo a seus familiares uma vez
que, após sua morte, eles decidirão sobre a doação.
Quando se pode doar?
A doação de órgãos como rim, parte do fígado e da medula óssea pode
ser feita em vida.
Para a doação de órgãos de pessoa falecidas, somente após a confirmação
do diagnóstico de morte encefálica. Tipicamente, são pessoas que sofreram
algum tipo de acidente que provocou um traumatismo craniano
( acidente de carro, moto, queda etc.) ou acidente vascular cerebral (derrame)
e evoluíram para morte encefálica.
O que é morte encefálica?
É a interrupção irreversível das atividades cerebrais, causada mais
frequentemente por traumatismo craniano, tumor ou derrame.
Como o cérebro comanda todas as atividades do corpo, quando este morre,
significa a morte do indivíduo.
Quando uma pessoa entra em coma, torna-se um potencial doador?
Não. O coma é um processo reversível. Morte encefálica, como o próprio
nome afirma, é irreversível.
Uma pessoa somente torna-se potencial doador após o diagnóstico de
morte encefálica e a autorização da doação dos órgão pela família.
Há chances de os médicos errarem no diagnóstico de morte encefálica?
Não. O diagnóstico é realizado por meio de exames específicos e pela
avaliação de dois médicos - sendo um deles neurologista -
com intervalo mínimo de 6 horas entre as duas avaliações.
Além disso, é obrigatória a confirmação do diagnóstico por, pelo menos,
um dos seguintes exames: angiografia cerebral, cintilografia cerebral,
transcraniano ou eletroencefalograma.
Como fazer a doação no momento da morte de um familiar?
Um dos membros da família pode manifestar o desejo de doar os
órgãos e tecidos ao médico que atendeu o paciente ou a comissão intra
hospitalar de doação de órgãos e tecidos do hospital; pode também entrar
em contato com a Central de Transplantes, que tomará todas as
providencias necessárias.
É possível que meus órgãos sejam comercializados após minha morte?
Não. O fato de muitas pessoas acreditarem em rumores deste tipo contribui
para a diminuição do número de doações, tirando a chance de sobrevivência
de vários pacientes que aguardam na lista de espera.
Como funciona o sistema de captação de órgãos?
Se existe um doador em potencial, vitima de acidente com traumatismo
craniano, ou derrame cerebral, com confirmação da morte encefálica e
autorização da família para a doação dos órgãos, a função dos órgãos
deve ser mantida artificialmente.
   
Quem paga pelos procedimentos de doação?
O SUS ( Sistema Único de Saúde ).
Como é a cirurgia para a retirada dos órgãos?
A cirurgia para retirada dos órgãos é como qualquer outra e os cuidados
de reconstituição do corpo são obrigados por lei (LEI n° 9.434/ 1987).
Após a retirada dos órgãos, o corpo fica como antes sem qualquer
deformidade. Não a necessidade de sepultamentos especiais.
O doador poderá ser velado e sepultado normalmente.
Só é possível ser doador após a morte?
É possível também a doação entre vivos, no caso de órgãos duplos (ex: rim).
No caso do Fígado e do Pulmão, também é possível o transplante
entre viivos, sendo que apenas uma parte do órgão do doador
poderá ser transplantado no receptor.
Quem pode doar em vida?
O "doador vivo" é considerado uma pessoa em boas condições de saúde
- de acordo com a avaliação médica - capaz juridicamente e que concorde
com a doação.
Pela Legislação Brasileira (LEI Nº 10.211, DE 23 DE MARÇO DE 2001),
podem ser doadores em vida os:  pais, irmãos, filhos, avós, tios e primos,
o cônjuge e ainda, os não parentes com autorização judicial.
Descrição das Etapas:
1 - Hospital notifica a Central de Transplantes sobre um paciente
com morte encefálica (doador);
2 - Central de Transplantes repassa a notificação para a
     OPO (Organização de Procura de Órgão);
3 - OPO contacta o Hospital e viabiliza o doador;
4 - OPO informa a Central de Transplantes se o doador é viável;
5 - Central de Transplantes emite a lista de receptores e
      encaminha para o Laboratório de Imunogenética  (apenas para o Rim);
6 - Laboratório de Imunogenética realiza "crossmatch"
      e informa para a Central de Transplantes;
7 - Central de Transplantes com a lista definitiva dos receptores para
     cada órgão, informa as Equipes de Transplante;
8 - Equipes de Transplante realizam os transplantes.
SISTEMA NACIONAL DE TRANSPLANTES
O Sistema Nacional de Transplantes desde sua criação (1997) tem como
prioridade, evidenciar com transparência todas as suas ações no campo
da política de doação-transplante, visando primordialmente a confiabilidade
do Sistema e a assistência de qualidade ao cidadão brasileiro.
O Brasil possui hoje um dos maiores programas públicos de transplantes
de órgãos e tecidos do mundo. Com 555 estabelecimentos de saúde e 1.376
equipes médicas autorizados pelo SNT a realizar transplante,
o Sistema Nacional de Transplantes está presente, através das Centrais
Estaduais de Transplantes (CNCDO's), em 25 estados da federação, e em
breve, todas as unidades da federação serão partes funcionantes do sistema.
Outras Informações:
http://portal.saude.gov.br/saude/area.cfm?id_area=1004

"Fábula utilizada como metáfora de solidariedade"

Houve um incêndio na floresta e enquanto todos os bichos corriam apavorados, um pequeno beija-flor ia do rio para o incêndio levando gotinhas de água em seu bico.  
O leão, vendo aquilo, perguntou para o beija-flor: 

  
"Ô beija-flor, você acha que vai conseguir apagar o incêndio sozinho?" 
  
E o beija-flor respondeu: 
  
"Eu não sei se vou conseguir, mas estou fazendo a minha parte".

Mesmo sabendo que todos conhecem essa fábula, resolvi colocá-la, pois tem tudo a ver com meu Blog!
Ieda Aguiar
A Paz!


Doe órgãos, salve vidas!

"O sinal de que Deus está conosco e nós com Ele é exatamente o que nos dispomos dar, em nome Dele.

Doemos, pois, o pão da esperança, da alegria e do bom ânimo para todos os que encontremos em nosso caminho, desesperançados, tristes e acabrunhados.

Engrandeçamo-nos nas pequenas doações, crescendo nos deveres que nos cabem realizar."
fonte: www.reflexao.com.br
Ieda Aguiar
A Paz!

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”

Você por certo já ouviu aquela estória a respeito de uma família na Índia que mantinha uma serpente venenosa dentro de casa como animal de estimação, ou aquela outra estória de outra família que mantinha um filhote de leão como um animal de estimação. Tudo ia muito bem em ambos os casos, obrigado, até o dia em que a serpente venenosa picou e matou uma das crianças, e o leão, por sua vez, cresceu e devorou um dos membros da família. Até aquele fatídico dia, as pessoas brincavam com os animais, alimentavam-nos, e se divertiam. Mas a tragédia pôs um fim a tudo isso. Pergunta-se: os animais foram os culpados de tais mortes? De forma alguma! A culpa, sabemos, foi dos pais que ignoraram o fato de que tanto a serpente quanto o leão são destrutivos por natureza.

     Foi isso o que aconteceu com Davi. Ele decidiu que iria divertir-se com uma prática muito comum aos reis bem sucedidos de sua época: formar haréns com um grande número de mulheres. Davi pensou que poderia valer-se desta prática para satisfazer a paixão que havia em seu coração, e, ao mesmo, exibir a sua fama e poder perante os reis das nações vizinhas. Ele pensou que conseguiria lidar com aquela situação; pensou que poderia alimentar os seus desejos sem se deixar dominar por eles. Mas Davi estava enganado! Então, ele começou a enganar a si próprio. Exteriormente, ele estava apenas fazendo o que todo rei poderoso e bem sucedido da época fazia; mas interiormente, ele estava alimentando uma serpente venenosa. Isso me faz lembrar das palavras do profeta, “A soberba do teu próprio coração te enganou.” (Obadias 3)

     Ninguém confrontava Davi a respeito destas coisas por que ele, afinal de contas, era o rei. Ele tinha o direito de fazer aquilo. Mas, deveria? Deveria ele agir daquela forma? Aquela prática fortaleceria o seu relacionamento com Deus, ou o colocaria numa posição de risco? Infelizmente, como já sabemos, Davi não conversava com Deus a respeito deste quarto escuro da sua alma. E este tipo de silêncio é pecaminoso.

    Se Deus sabia que Davi havia se colocado numa posição de risco, por que Ele não enviou o profeta Natan para advertir o seu servo antes que este caísse? Tenho certeza de que Deus sabia exatamente onde Davi se encontrava naquele momento de sua vida, mas eu não estou tão seguro de que Deus vai nos enviar uma palavra de advertência, ou algo deste tipo, todas as vezes que voluntariamente decidirmos nos expor ao perigo e erro. Deus permitirá que o pecado exerça a sua atração total - e fatal - sobre nós, e também permitirá que façamos as nossas escolhas. Deus permitirá que o pecado siga o seu curso. Mas Ele também nos fará vencer sobre as tentações se humildemente O buscarmos com todo o nosso coração. Se Davi tivesse aberto o seu coração para Deus desde o início, e suplicado por ajuda, proteção e livramento, ele, com certeza, jamais teria se tornado uma vítima dos seus próprios desejos (I Coríntios 10.12 e 13).

     Que nos valha a advertência: tentar vencer um desejo pecaminoso com nossa própria força e sabedoria, ao invés de corrermos para os braços do Pai em busca de socorro, e contarmos a Ele toda a verdade, é como manter uma serpente venenosa, ou um leão, dentro de casa. A ocorrência de uma grande tragédia é só uma questão de tempo.

     “Entreguem todas as suas preocupações a Deus, pois Ele cuida de vocês. Estejam alertas e fiquem vigiando porque o inimigo de vocês, o Diabo, anda por aí como um leão que ruge, procurando alguém para devorar.” (I Pedro 5.7 e 8)

“SOBRE O TEMPLO, A GLÓRIA DE DEUS; SOBRE O PALÁCIO, APENAS FUMAÇA”

“E a glória do Senhor Deus encheu o templo.” (2 Crônicas 7.1b)

     A Bíblia diz que a glória de Deus encheu o templo construído pelo rei Salomão; em nenhum lugar, porém, ela afirma que a mesma glória tenha, alguma vez, enchido o palácio construído por ele. Sugiro, portanto, que Deus aprovou a construção do templo, mas rejeitou as contas particulares de Salomão.

     Salomão me parece ter sido um megalomaníaco; parece-me que o seu lema era “Realizar, realizar, realizar; construir, construir e construir; adquirir, adquirir e adquirir”: construções e aquisições gigantescas e caríssimas (I Reis 9.15-28; 10.14-29), sem mencionar as muitas mulheres. Na hora de pagar pelo serviço, no entanto, ele não se mostrou assim tão generoso (I Reis 9.10-14). Isso parece revelar muito sobre o caráter de Salomão. O relato de 2 Crônicas 10.4 parece indicar que Salomão foi, de fato, um rei rico, famoso e poderoso; mas isso não beneficiou o cidadão comum do seu reino. Pelo contrário, ele tratou o povo com dureza e o fez carregar cargas pesadas.

     A história de Salomão é a história de um homem que Deus escolheu para manifestar, nele e através dele, o Seu poder. Mas este homem preferiu construir um poder pessoal paralelo e, com o passar dos anos, foi totalmente dominado, endurecido e obscurecido por este poder. Salomão não teve um final feliz; ele não entrou para a história como um homem de Deus, como Davi seu pai, não obstante tivesse superado o pai em glamour e riquezas materiais. Sobre o templo que ele construiu desceu a glória de Deus; mas sobre o seu palácio real havia apenas a fumaça do glamour e pomba humanos.

     Que a glória de Deus se manifeste em nossos grandes sonhos, realizações e títulos; mas que Ele nos livre da fumaça. Ou nada daquilo que realizarmos neste mundo terá o seu devido valor.

     Foi com sabedoria que Salomão viveu boa parte da sua vida; mas foi com tolice que ele a encerrou. Resumo triste da história de um homem que realizou coisas incríveis, mas que não pode ser chamado de ‘bem-sucedido’. Pelo menos, aos olhos de Deus. Resumo triste da história de um homem que entrou para os anais da história humana, mas que não pôde ter o nome incluído na galeria dos heróis da fé de Hebreus 11.

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”


I Samuel 11

          Quando chegou o tempo em que Davi teve que enfrentar o seu maior desafio, e travar a sua maior batalha – que não foi, diga-se de passagem, a luta contra Golias -, ele, lamentavelmente, já havia dado muito terreno ao inimigo; ele havia-se enfraquecido por causa das concessões que fez a si mesmo. É até possível que Davi tenha esboçado alguma resistência, mas ele não foi capaz de permanecer firme e derrotar o inimigo. Não desta vez. E, por causa de tudo isso, ele caiu, tal qual Golias havia caído aos seus pés um dia. Tão grande e poderoso Davi havia se tornado no mundo exterior; e, ao mesmo tempo, tão impotente naquele mundo invisível dentro de si... “Pois nós não estamos lutando contra seres humanos, mas contra as forças espirituais do mal que vivem nas alturas, isto é, os governos, as autoridades e poderes que dominam completamente este mundo de escuridão”, diz o apóstolo Paulo em Efésios 6.12.

          Que Davi era um homem valente, habilidoso e combatente, sabemos todos. Quando ainda jovem, ele não somente enfrentou e derrotou ursos e leões, como também venceu o grande, terrível e temível gigante Golias. Com o passar dos anos, sua garra não diminuiu; o capítulo oito do 2° livro de Samuel, por exemplo, relata as diversas vitórias que ele obteve sobre reis poderosos com as suas fortalezas antes denominadas ‘impenetráveis’. Nenhum dos inimigos de Davi conseguiu resistir-lhe e manter-se de pé diante dele. Caíram todos, um a um. Eu disse ‘nenhum’? Esta ascensão meteórica ao sucesso esconde, na verdade, uma outra realidade que se desenrolava, ao mesmo tempo, no interior de Davi. Quando pensamos no grande número de esposas e mulheres que ele vinha acrescentando ao seu harém, percebemos que a sua maneira de lidar com os gigantes de fora era inversamente oposta à maneira como ele havia decidido lidar com o seu gigante interior. Contra os filisteus, amorreus, jebuseus e outros “eus” mais, Davi se mostrou extremamente corajoso e combativo, mas contra o seu próprio “eu” ele foi condescendente, isto é, tolerante, reticente, complacente.

          Houvesse Davi enfrentado o seu gigante interior com a mesma humildade, coragem e confiança em Deus com que enfrentou Golias e os outros inimigos, certamente não teria ele sucumbido diante da beleza de Bate-Seba. Na realidade, ele sucumbiu diante dos próprios desejos, os quais não foram devidamente combatidos, mas alimentados e fortalecidos. Tiago 1.14,15 diz o seguinte: “Mas as pessoas são tentadas quando são atraídas e enganadas pelos seus próprios maus desejos. Então esses desejos fazem com que o pecado nasça, e o pecado, quando já está maduro, produz a morte.”

          O pecado da condescendência ocorre quando somos tolerantes com as paixões carnais que residem dentro de nós; quando, contrariamente ao querer de Deus, nutrimo-las ao invés de combatê-las até à morte (Colossenses 3.5); quando teimosamente insistimos em recuperar e salvar aquilo que Deus já condenou. “Portanto, se o seu olho direito faz com que você peque, ARRANQUE-O e JOGUE-O FORA...” (Mateus 5.29 - grifo meu)

          Tolerância zero com o pecado, já!

SOBRE O TEMPLO, A GLÓRIA DE DEUS; SOBRE O PALÁCIO, APENAS FUMAÇA

“E a glória do Senhor Deus encheu o templo.” (2 Crônicas 7.1b)

“O Senhor, o Deus de Israel havia aparecido a Salomão duas vezes e lhe havia ordenado que não adorasse deuses estrangeiros. Mesmo assim, Salomão não obedeceu ao Senhor...” (I Reis 11.9,10)


          A glória de Deus encheu, de fato, o templo construído por Salomão; a mesma glória, no entanto, jamais encheu o seu palácio. Sugerimos, portanto, que Deus aprovou a construção do templo, mas rejeitou as contas particulares de Salomão. O Senhor apareceu a Salomão duas vezes (que privilégio!), mas ele jamais soube o que é viver em intimidade com Deus. Durante a sua vida, Salomão relacionou-se com Deus como sendo “o Deus de Davi”, seu pai; “o Deus de Davi”, infelizmente, não se tornou “o Deus de Salomão”.

          Assim também tem sido, lamentavelmente, com muitos cristãos que trabalham para o Senhor, realizam obras grandiosas para Ele e, até mesmo, sustentam financeiramente a Sua igreja, e, no entanto, jamais tiveram uma experiência real de salvação e mudança de vida: cristãos que passam a vida inteira adorando “ao Deus de seus pais”.

          A história de Salomão é a história de um homem que “viu” a manifestação da glória e do poder de Deus sobre o templo que construiu, mas cuja vida revelou a total ausência desta mesma glória e poder; experimentou o ‘glamour’ dos homens, é verdade, mas não glória do Altíssimo; conheceu a honra e pompa humanas, mas não o poder do alto.

          Todos corremos o mesmo risco de desenvolver projetos para Deus sem experimentar o projeto de Deus em nossas vidas; de ver o agir de Deus sem permitir que Ele aja em nós, primeiramente; de ver a glória de Deus, mas experimentar apenas a fumaça do glamour e da pompa humanos.

          Que a glória de Deus se faça perceber em nossos desejos, escolhas, expectativas, sonhos, realizações e atitudes; e que Ele, por misericórdia e graça, nos livre da fumaça.

           Sobre o templo construído por Salomão desceu a glória de Deus; sobre o seu palácio, fumaça. Apenas fumaça. 

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”

A vida do rei Davi exibiu muitos valores bonitos e preciosos, tais como a coragem, a humildade e a confiança em Deus. Infelizmente, porém, ela também exibiu, ao mesmo tempo, e principalmente para os próprios filhos, outros valores; estes, não tão bonitos e preciosos. Os campos de batalha exalavam a fragrância de um perfume agradável feito de ingredientes raros como a coragem, a fé e a humildade; já o harém - com, no mínimo, 20 mulheres, entre elas esposas e concubinas (leia II Samuel 3.2-5; 5.13-16; 11.27) -, exalava o mau cheiro de uma paixão totalmente rebelde e insubmissa ao rei. E este mau cheiro impregnou não apenas o ar do palácio, mas também a vida dos seus filhos. Se não, vejamos:

          II Samuel 13. Amnom força a própria irmã a ter relações com ele.
          II Samuel 16.22. Absalão tem relações com as 10 concubinas do próprio pai.
          I Reis 11.1-3. Salomão “ama” muitas mulheres estrangeiras e forma um harém com 700 esposas e 300 concubinas.

          Os campos de batalha revelaram a coragem, fé e humildade ímpares de Davi; a sua casa, porém, uma paixão rebelde e descontrolada! Coragem, fé e humildade foram, provavelmente, os valores que ele quis ensinar aos filhos; mas uma paixão descontrolada por mulheres foi o que eles aprenderam. Isso nos mostra que nossos filhos não vão aprender aquilo que lhes ensinamos através do discurso sem que o conteúdo deste discurso se faça perceber em nossas próprias atitudes. Em I Reis 2.1-9, por exemplo, Davi até que fez um discurso bonito para o filho Salomão (sem qualquer ironia, porque o discurso é bonito mesmo.) sobre o dever de se fazer aquilo que o SENHOR manda (se bem que ele gastou mais tempo falando de justiça contra os seus inimigos do que da obediência devida a Deus), e o rapaz até que começou bem a jornada, mas a imagem do harém do pai cheio de mulheres parece ter falado mais alto ao seu coração,ao final.

          Então, a primeira lição que Deus parece querer me ensinar aqui é que meus filhos ouvirão tudo aquilo que lhes ensino sobre a vida, mas, no afinal, absorverão a vida que vêem em mim, especialmente dentro de casa. A segunda, é que, como pai, preciso emitir mensagens consistentes aos meus filhos. A terceira, é que aquelas práticas lícitas - mas não edificantes (I Coríntios 10.23) - que trago para dentro do meu lar hoje podem vir a se tornar a causa da ruína dos meus próprios filhos amanhã (Por exemplo, a “inocente” cerveja que hoje trago para dentro de casa pode vir a se tornar a inimiga que amanhã escravizará e ceifará a vida dos meus próprios filhos). A lição seguinte é que conhecimento e informações até podem ser transmitidos através de discursos; já caráter, somente através da vida.

          Ao observar a lista dos filhos de Davi, percebemos que a maior parte era composta de meninos. A pergunta que nos ocorre, então, é: teria sido uma boa idéia formar um harém dentro de casa com tantas mulheres aos olhos de tantos rapazes? A resposta que nos ocorre é: Davi não pensou nisso; ele não se preocupou com os efeitos disso sobre os filhos. Ele parece não ter agido com razão, mas somente com o coração. E nós já sabemos que o coração é o lugar onde ele travava as suas maiores batalhas contra aquele gigante que ele nunca conseguiu derrotar.

          Oração: “SENHOR Deus, quer dentro ou fora do meu lar, eu quero que a minha conduta exale o perfume de uma vida que glorifique o Teu nome! ( II Coríntios 2.15) e que ela seja um instrumento do Senhor para imprimir no caráter dos meus filhos a imagem do Teu Filho. Abro mão das práticas que me são lícitas, ó Pai, para fazer somente aquilo que agrada a Ti.” (Salmos 40.8)

SOBRE O TEMPLO, A GLÓRIA DE DEUS; SOBRE O PALÁCIO, APENAS FUMAÇA

“E a glória do Senhor Deus encheu o templo.” (2 Crônicas 7.1b)

“O Senhor, o Deus de Israel havia aparecido a Salomão duas vezes e lhe havia ordenado que não adorasse deuses estrangeiros. Mesmo assim, Salomão não obedeceu ao Senhor...” (I Reis 11.9,10)

          A glória de Deus encheu, de fato, o templo construído por Salomão; a mesma glória, no entanto, jamais encheu o palácio construído por ele. Sugerimos, portanto, que Deus aprovou a construção do templo, mas rejeitou as contas particulares de Salomão.

          Será que estou em dia com Deus no que diz respeito às minhas contas particulares? Será que tenho obedecido à ordem de dar a Deus o que é de Deus, mas desobedecido a parte que diz “Dai a César o que é de César”? (“Dar a César o que é de César” é tão bíblico quanto “Dar a Deus o que é de Deus”!). Será que as minhas notas fiscais, imposto de renda, talão de cheques, cartão de crédito, etc. apontam para uma obediência e submissão às autoridades civis constituídas por Deus, ou não? Será que, como ministro de Deus, sou exigente e intolerante quanto ao respeito e submissão que me são devidos, mas, ao mesmo tempo, relapso e condescendente quanto ao respeito e submissão que devo?

          Será que a glória de Deus encheu o templo porque o templo era o símbolo da presença de Deus, mas não o palácio - este tomado pelo vazio de uma fumaça - porque o palácio era um símbolo da “egolatria” de Salomão?

          Precisamos nos lembrar sempre que mesmo o templo construído por Salomão, com toda a sua incomparável majestade e riqueza, foi o dia destruído por causa da desobediência do povo de Deus. O povo passou a usar o templo como uma garantia de isenção para a prática da idolatria, prostituição, mentira e, até mesmo, morte, ao invés de usá-lo como um símbolo de encorajamento à prática da justiça, retidão e misericórdia. Isso nos ensina que Deus não se deixa fazer refém de qualquer construção, instituição, realização ou grupo de pessoas que recebe na fachada a denominação de “sagrado”, mas que, no seu interior, não passa de um covil de ladrões e salteadores.

          Que estejamos todos alertas, pois já é tempo que se comece o julgamento de Deus! (na verdade, este julgamento já começou!). E ele começa pela casa de Deus, conforme I Pedro 4.17.

          Quando o julgamento de Deus chegar aos os nossos palácios, ficará pedra sobre pedra?

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”

Davi foi, de fato, um homem “segundo o coração de Deus”; não sem falhas, porém.

          Davi foi um homem sujeito às mesmas paixões que nós; talvez tenha sido um super-guerreiro, ou um super-compositor, mas jamais foi um super-homem. Sinto muito desapontar alguém, mas super-homens simplesmente não existem. Ou dependemos da graça e misericórdia de Deus para vencermos as paixões que habitam os porões da nossa alma, ou, como Davi, tornamo-nos reféns delas. E caímos.

          Em muitas de suas escolhas, Davi foi extremamente infeliz. E pagou um alto preço por isso.

          Davi tornou-se um pilar de humildade, coragem e fé nos campos de batalha. Evitemos imitá-lo no modo como lidou com filhos e mulheres, no entanto. É sempre melhor fazermos de Jesus o nosso exemplo maior.

          Davi foi um homem “segundo o coração de Deus”, mas Deus nunca o tratou como seu ‘protégé’, de forma a ignorar os seus pecados. Todas as vezes que pecou, Davi foi devidamente repreendido e castigado.

          Deus não desistiu de Davi mesmo sabendo que este apresentava falhas no seu caráter, ou quando tomou decisões erradas (E isso, algumas vezes, custou a morte de outras pessoas); nem tampouco o Senhor deixou de cumprir as promessas que lhe havia feito. Inexplicavelmente, Deus consegue permanecer justo e, ao mesmo tempo, perdoar um homem responsável pela morte de 70.000 pessoas (II Samuel 24.10-17). E de quebra, ainda abençoa a descendência deste. Não me pergunte como isso é possível. “Quem pode explicar as decisões do SENHOR?” (Romanos 11.33,34).

          Davi foi perdoado e restaurado porque se arrependeu das coisas erradas que fez, e não porque se assentava num trono real. Deus não teme posição, reputação ou autoridade humanas; Ele, porém, jamais rejeitará um coração humildade e arrependido. (Salmos 51.17)

          Todos temos os nossos gigantes interiores, que precisam ser devidamente identificados, combatidos e derrotados (estes, nem sempre tão evidentes como os de Davi). O caminho da humildade, arrependimento e confissão é sempre infalível neste caso.

          Davi morreu e foi sepultado com os seus antepassados. Deus, porém, continua reinando sobre a história humana: o mesmo Deus justo, fiel, perdoador e restaurador de sempre. “Pois todas as coisas foram criadas por Ele, e tudo existe por meio dEle e para Ele. ‘Glória a Deus para sempre! Amém!’” (Romanos 11.36)

“Eu vi o Senhor”

Isaías 6.1-13

          Neste texto, há três elementos que, a meu ver, pressupõem um ministério abençoado e bem-sucedido, segundo os padrões do reino de Deus.

I. Vs. 1 – “Eu vi o Senhor”.

          O que falta a muitos ministérios hoje é esta visão do Senhor exaltado e glorificado; Senhor que reina, que governa e que é soberano sobre todas as coisas. Nenhum homem jamais deveria ousar começar uma vida ministerial sem que antes tivesse no seu curriculum a prova de uma experiência pessoal e incontestável de uma visão de Deus. A verdade que, às vezes, sobejam títulos, comendas e realizações numa tentativa de compensar a falta desta experiência. Sobejam líderes espirituais doentes, portadores de uma visão espiritual totalmente doentia, que se propõem a guiar o povo à Luz; cegos guiando outros cegos.

          O que torna um ministério abençoado, abençoador e bem-sucedido é que ele nasce a partir de um encontro real com o verdadeiro Deus, e não a partir de um mero conhecimento intelectual ou teológico.

          “Ver o Senhor” não é uma experiência que um curso teológico possa proporcionar; nem tampouco décadas de serviço cristão podem fazê-lo; e nem mesmo a produção de uma memorável obra teológica ou a construção de um magnífico ícone religioso. Na verdade, se esta experiência não anteceder a estas coisas, há uma chance muito grande de que elas se tornem meras produções humanas.

          Um ministério abençoado, abençoador e bem-sucedido começa com a visão de um Deus entronizado.

          Um ministério abençoado, abençoador e bem-sucedido começa com a visão de um Deus santo.

          Um ministério abençoado, abençoador e bem-sucedido começa a visão de um Deus Todo-Poderoso.


II. Vs. 6,7 – “Eu fui tocado pelo Senhor”.

          Há muita gente que nunca experimentou o toque de Deus em sua vida ocupando a liderança de um ministério que se propõe a honrar a Deus e a abençoar o povo. Deus, meus amados, curou os lábios impuros de Isaías antes que este saísse da Sua presença para ministrar ao povo. Homens com lábios impuros, dinheiro impuro, relacionamentos impuros, intenções impuras, esquemas impuros, e qualquer outra coisa impura, jamais deveriam sair da presença de Deus para ministrar ao povo antes que esta impureza fosse devidamente tocada e curada pelo Senhor!

          O “ser tocado” pelo Senhor (“quebrantado”, “curado”, e “transformado”) terá sempre que anteceder a um ministério que se propõe aproximar as pessoas de Deus. Sempre. Não há o que se negociar aqui.

          Homens que não tenham sido tocados por Deus até podem realizar obras grandiosas e notórias, mas jamais produzirão ministérios que tenham, reconhecidamente, o selo da aprovação do Deus vivo e verdadeiro. Fazer muito pela obra de Deus não significa, necessariamente, fazer a vontade de Deus.


III. Vs. 8,9 - “Eu fui comissionado pelo Senhor”.

          Há que se admitir o fato de que alguns ministros foram comissionados pelos pais, que projetaram nele os seus próprios desejos e sonhos, e, às vezes, frustrações;

          Há que se admitir o fato de que outros foram comissionados pelo desejo egoísta de se adquirir fama, fortuna e poder;

          Há que se de admitir o fato de que outros ainda foram auto comissionados, ou seja, ‘introduziram-se’ no ministério ao invés de serem ‘conduzidos’ a ele.

          Amado, não importa a dimensão do ministério que você exerce na obra de Deus: para que você o exerça de forma a honrar a Deus e a abençoar as pessoas, é preciso que ele tenha o selo da visão de Deus, do toque de Deus e do chamado de Deus. De outra forma, todos corremos o risco de, um dia, ouvirmos a notória reprimenda: “Nunca vos conheci vocês.” (Mateus 7.23)

"REJEITANDO O MELHOR DE DEUS”

“Se o Senhor está contente com a gente, então nos dê essa terra para ser a nossa propriedade, e não nos faça ir para o outro lado do rio Jordão.” (Números 32.5)

      As tribos de Gade, Rúben e metade da tribo de Manasses decidiram que queriam a sua parte da herança numa região que ficava aquém do rio Jordão, isto, é, aquém da terra que lhes fora prometida por Deus.

      Jamais foi o desejo de Deus que qualquer indivíduo do seu povo Israel tivesse a sua herança fora da terra de Canaã; muito menos uma tribo ou, como neste caso, duas tribos e meia. Deus lhes havia prometido Canaã como herança porque Canaã era o melhor que eles poderiam ter. Canaã representava o melhor de Deus para as suas vidas, para as suas famílias, e para a nação. As tribos de Gade, Rúben e metade da tribo de Manasses, no entanto, decidiram e insistiram no fato de que queriam sua herança fora da terra prometida. E Deus, na Sua infinita paciência e misericórdia, permitiu que assim o fosse. Mas aquele grupo jamais teve o privilégio de conhecer e experimentar o melhor de Deus para as suas vidas...

      Fico a pensar em quantos filhos de Deus hoje, à semelhança daquele grupo, estão a se contentar com aquilo que não representa o melhor de Deus para as suas vidas! Pessoas que já estabeleceram as suas residências (e também desistência e resistência) na terra denominada “Good Enough” (Suficientemente Boa) e que não sonham, um pouco sequer, com a terra chamada “God’s Best” (O Melhor de Deus). Curiosamente, este grupo até chegou a entrar na terra de Canaã, mas preferiu retornar e construir sua história aquém do Jordão.

      Não tem sido também esta, infelizmente, a atitude de muitos filhos de Deus hoje? Pessoas que chegam a compreender e a enxergar o melhor de Deus para as suas vidas, mas que retrocedem e estabelecem as suas vidas na terra do “Good Enough”, e ali se acomodam o resto de sua existência?

      Amado, Deus se compraz em oferecer aos Seus filhos aquilo que Ele tem de melhor (Mateus 7.11). O desejo de Deus é que você se revista de Cristo, se fortalece nEle e conquiste o melhor que Ele tem preparado para você! As únicas coisas Ele requer de nós são fé e obediência. Portanto, seja forte e corajoso porque o Senhor é com você! Deixe hoje mesmo a terra do "Good Enough" e prossiga para a conquista da terra do "God's Best". 

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”

Uma tarde Davi se levantou, depois de ter dormido um pouco, e foi passear no terraço do palácio. Dali viu uma mulher muito bonita tomando banho.” (II Samuel 11.2)

      Deus permitirá que o mal siga o seu curso livremente; não irrestritamente, mas livremente. Deus também permitirá que o mal exerça a sua atração total - e, às vezes, fatal -, sobre os seus filhos. Assim tem sido ao logo da história humana, e assim será até o seu final.

      Como você, eu também tenho me perguntado o por quê de Deus, muitas e muitas vezes, não livrar os seus filhos de situações de perigo, sofrimento e tentação. Esta é uma indagação que tem angustiado milhares e milhares de cristãos por todo o mundo. No caso em questão, perguntamo-nos porque Deus permitiu que Davi fosse tentado daquela forma; alguns, talvez, iriam mais longe, e indagariam porque Deus não o cegou temporariamente, ou algo assim. Em resumo, queremos saber por que Deus nem sempre realiza um ato miraculoso para livrar os seus filhos quando fazê-lo nos parece a melhor - e única - opção de quem realmente ama.

      Tenho encontrado algumas respostas que não têm, de fato, respondido completa e satisfatoriamente a todos os questionamentos da minha mente, mas têm trazido uma boa porção de paz ao meu coração. Ei-las:

      Deus é perfeito em amor e justiça. (Tiago 1.16,17; Salmos 145.8,9).

      Deus permitirá que o mal siga o seu curso livremente, debaixo da Sua restrição e controle, e para a Sua glória. E Ele fará isso movido pelo Seu amor perfeito, de forma a realizar sempre aquilo que é o melhor para os Seus filhos (Romanos 8.28).

      Deus não porá um fim ao mal até que este tenha cumprido todos os propósitos que Ele quer. O homem não é uma vítima indefesa do mal; ele é vítima das suas próprias más escolhas e desejos. (Tiago 1.13-15; 4.1-6. Em Cristo Jesus ele é livre não apenas para escolher o bem, mas também para derrotar o pecado que habita o seu ser). Isso não significa que todo sofrimento é resultado direto de pecados. (João 9. 1-3).

      A liberdade que possuo para fazer más escolhas é uma das maiores provas do amor de Deus por mim. Escolher obedecê-lo é uma das maiores provas do meu amor por Ele.

      Deus não pode mudar o meu passado, mas Ele pode - e quer - e irá, com a minha permissão - escrever ‘triunfo’ sobre ‘tragédia’ nas tábuas do meu coração.

      Deus se compadece daqueles que sofrem debaixo da tirania e do poder do mal, e providenciou um caminho de fuga, proteção e vitória para eles: JESUS.

      Ao final da história, JESUS triunfará completa e definitivamente sobre o mal, e entregará o reino ao PAI, a quem tudo pertence. (I Coríntios 15.28). Glórias, pois, a Ele AGORA e ETERNAMENTE. Amém.

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”

Há um silêncio nesta história de Davi que eu chamo de “Silêncio Pecaminoso”. Primeiramente, há o silêncio que Davi manteve antes de Bate-Seba. Como já temos dito, Davi não conversava com Deus a respeito do gigante que, dia após dia, tomava forma dentro do seu coração. Houvesse ele quebrado aquele silêncio perverso, tivesse ele clamado por misericórdia e socorro, certamente o Pai o teria livrado das garras deste seu gigante interior, e lhe teria dado vitória, da mesma forma como o fez no confronto com Golias.

          Mas Davi, equivocada e perversamente, escolheu guardar silêncio absoluto sobre aquilo que se passava nos porões da sua alma. Depois, há o silêncio que Davi manteve após Bate-Seba. Estudiosos do Antigo Testamento acreditam que o intervalo entre o ato de adultério e o confronto com o profeta Natã teve a duração de um ano completo (Charles R. Swindoll in “David: a man of passion & destiny”, p. 199, por exemplo). Se este cálculo estiver correto, sabemos, então, que Davi passou um ano inteiro tentando se esconder no seu “silêncio pecaminoso”. Mais uma vez, ele escolheu não abrir o seu coração para Deus; mais uma vez, ele julgou que sozinho poderia superar e subjugar aquele mal que habitava os recônditos da sua alma; mais uma vez, ele pensou que poderia sair vencedor daquela situação.

          Mas Davi estava enganado. O seu próprio coração perverso o enganou. Amado, este tipo de silêncio é pecaminoso. Esconder os nossos erros do Pai é uma tendência natural do homem, mesmo daqueles que já se tornaram Seus filhos . Tem sido assim desde o Éden. Quando inquirido por Deus a respeito da sua desobediência, Adão não quis admiti-la; ao contrário, ele tentou esquivar-se, justificar-se, e, até mesmo, culpar o próprio criador. O texto bíblico diz que Adão e sua mulher tentaram se esconder de Deus. Jesus disse que todos aqueles que fazem o mal odeiam a luz e fogem dela, para que ninguém veja as coisas más que eles fazem (João 3.19).

          Tentar encobrir os nossos pecados, e fechar o nosso coração para Deus é uma atitude pecaminosa, e, portanto, auto-destrutiva. Sim, porque o pecado é destrutivo em sua natureza. Ele destrói o corpo, a alma, a integridade, a família, o relacionamento com Deus, tudo.

          Se achamos que durante este intervalo de doze meses de silêncio Davi alcançou o zênite das delícias do amor com Bate-Seba, estamos completamente enganados. Aqueles foram dias de choro, de tristeza, de dissabor, e de sofrimento... Deixemos que o próprio Davi os descreva: “Enquanto mantive silêncio a respeito do meu pecado, eu me cansava, chorando o dia inteiro. De dia e de noite, tu me castigaste, ó Deus, e as minhas forças se acabaram como o sereno que seca no calor do verão. Então (depois que o profeta Natã o confrontou) eu te confessei o meu pecado e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste todos os meus pecados.” (Salmo 32.3-5).

          Se você também está vivendo hoje sob a tirania de um pecado, se você está literalmente se consumindo no esforço de manter no fundo do mar aquele pecado que teima em vir à superfície, (E não se engane: mais cedo ou mais tarde ele virá à superfície), saiba que há uma palavra de livramento, perdão e conforto para você: “Se confessarmos os nossos pecados a Deus, ele...perdoará os nossos pecados e nos limpará de toda a maldade.” (I João 1.9) “Tu anseias hoje mesmo a salvação? Tens desejo de banir a escuridão? Abre então de par em par teu coração! Deixa a luz do céu entrar!” (Nº 239 CC).
Quebre hoje mesmo, meu amado, este silêncio pecaminoso!

          O poder que ainda mantém você refém do erro não é a prática do pecado em si, mas o seu silêncio.

          O Pai está pronto e desejoso de ouvir, ainda hoje, a sua confissão: “Então eu te confessei o meu pecado e não escondi a minha maldade. Resolvi confessar tudo a ti, e tu perdoaste todos os meus pecados.” (Salmo 32.3-5).

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”

Quão lamentavelmente fácil é fazer do próprio trabalho que Deus nos confiou um pedestal no qual exibimos a nós mesmos.”

          O gigante interior contra o qual Davi lutou sem descanso até o dia da sua morte não se formou da noite para o dia. Ele cresceu e se fortaleceu aos poucos. Os gigantes interiores que hoje combatemos sempre se alimentaram das nossas fraquezas; é o nosso lado obscuro e inconfesso que os torna, com o tempo, senhores das nossas decisões e atitudes.

          O caso Bate-Seba trouxe para a luz os gigantes que habitavam, há muito, os recônditos do coração de Davi. Aquele desconhecido jovem pastor de ovelhas experimentou uma ascensão meteórica, tornando-se em pouco tempo o rei da nação israelita. No início o trono lhe pareceu suntuoso e elevado demais, mas, com o passar dos anos, ele parece ter-se acostumado com as glórias das alturas. Tão bem se adaptou Davi ao trono que ele começou a fazer uso da autoridade que Deus lhe conferiu para satisfazer aos seus desejos pessoais. (Perigo! sinal de queda adiante.)

          No início Davi era apenas um jovem desconhecido pastor de ovelhas que tinha uma missão de Deus para cumprir; com o passar dos anos, ele se tornou o grande e renomado rei Davi com vários desejos e sonhos pessoais a serem realizados e concretizados. (Perigo! Risco de desabamento.)

          Se não mantivermos o ardor, a humildade e a submissão do começo, todos nós corremos o risco de permitir que o nosso EU que se assentou conosco no trono assuma o controle das nossas decisões e atitudes.

          Não nos enganemos, amados: Púlpitos sempre tendem a se degenerar em tronos; cajados sempre tendem a se degenerar em espadas; e bacias em Jacuzzis!!!

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”

“As batalhas mais severas da vida de um homem são travadas em segredo e na sua própria alma. A tentação para o mal,em suas diversas formas, vem ao homem de uma forma muito mais sutil quando ele está sozinho do que quando ele está com outras pessoas. A minha luta começa dentro; nos secretos recessos da minha vida interior, no ‘hall’ da imaginação, na câmara das afeições, ali a luta deve ser travada. (...) As batalhas mais ferozes, mais longas e mais árduas da vida de qualquer pessoa são as batalhas travadas em absoluta solidão.” (MORGAN, G. Campbell)
          E pensar que por um período de mais de três décadas eu achei que as batalhas mais ferozes, mais longas e mais árduas travadas por Davi foram aquelas batalhas travadas nos campos filisteus, sírios, edomitas, moabitas e etc! Não, não e não! Mil vezes não! As batalhas mais ferozes, mais longas e mais árduas de Davi foram aquelas travadas nos secretos recessos da sua vida interior, no ‘hall’ da sua imaginação, na câmara das suas afeições, e ali, lamentavelmente, Davi, o grande vencedor de gigantes nos campos de batalha, achou-se dominado por uma paixão que o conduziu a uma série de derrotas na vida.

          As vitórias de Davi registradas no capítulo 8 de II Samuel não permitem que muitos leitores percebam as batalhas sangrentas que Davi travava no seu interior, concomitantemente. Exteriormente, Davi estava apenas seguindo o curso de um costume dos reis da sua época: quanto mais mulheres, mais honra, mais fama e mais prosperidade; interiormente, porém, ele estava nutrindo e fortalecendo, pouco a pouco, um gigante. Mas este, repito, era um assunto sobre o qual Davi não admitia conversar com ninguém, nem mesmo com Deus.

          Quantos filhos de Deus há que estão neste exato momento de suas vidas travando as suas batalhas mais ferozes, mais longas e mais árduas! Será você, porventura, amado(a), uma dessas pessoas? Você tem um(a) irmão(ã) em Cristo com quem possa dividir as suas lutas? Alguém que possa caminhar com você, lado a lado, e ajudar a levar as cargas?

          O problema com Davi é que ele estava cercado de excelentes conselheiros, santos profetas e exímios guerreiros, mas, no que tange à sua luta interior, ele preferiu o isolamento a companhia destes; recusou abrir-lhes o coração e compartilhar as suas fraquezas e temores. Afinal de contas, um rei não pode revelar fraquezas e temores, ou pode? Deve. Um pastor, da mesma forma, não pode revelar fraquezas, tentações e temores, ou pode? Deve. É verdade que outros não podem travar as nossas lutas pessoais (”Porque cada um deve carregar a sua própria carga.” Gál. 6.5), mas outros membros do corpo de Cristo, através da oração e encorajamento, podem nos ajudar a vencer os nossos gigantes interiores. (”Levai as cargas uns dos outros...” Gál. 6.2) Lamentavelmente, muitos líderes têm caído exatamente porque se elevaram e isolaram num pedestal de sucesso, fama e prosperidade. (Leia Provérbios 16.18) Que Deus tenha piedade de nós todos.

          Finalizamos com esta oração: “Em meu interior, vem Tu brilhar,/ Faz-me, com mais ardor, da cruz falar!/ Reveste o coração de Teu excelso amor,/ De retidão e de fervor! (Hino 293 CC, 3ª estrofe).

UM TOQUE A RESPEITO DO TOQUE

"Não sabeis vós que o vosso corpo é um templo do Espírito Santo, que está em vós, o qual recebestes de Deus?" I Cor. 6.19
          Acabo de chegar do meu médico urologista, Dr. Marcelo Ruela. Os resultados do check up anual da próstata - através do toque retal e do PSA - revelaram que tudo está bem comigo. Aos 46 anos de idade, este é o 5º exame que faço. Faço-o em obediência à Palavra de Deus.

          Qual a diferença entre um cristão fumante ou consumidor de bebidas alcoólicas e um cristão que, por causa do preconceito ou outra razão qualquer, é negligente com a saúde do seu corpo? Na minha opinião, nenhuma. Ambos estão sendo desobedientes à Palavra de Deus por estarem tratando com desdém aquilo Deus valoriza tanto: o nosso corpo, templo do Espírito Santo ("Por que fostes comprados por um alto preço..." I Cor. 6.20. E que preço!!!).

          A mim não importa quantas horas você ora por dia, quantas vezes você já leu a Bíblia, quantas almas você já ganhou para Jesus, ou ainda quantas vezes você jejua por semana ou prega de um púlpito de uma igreja evangélica cristã: se você é um homem com mais de 40 anos de idade e se nega a cuidar da saúde do seu corpo - que, diga-se de passagem, não lhe pertence -, recusando-se a fazer o exame da próstata (E SÓ O PSA NÃO É SUFICIENTE), você está pecando aberta e conscientemente contra o Espírito Santo de Deus.

          Esperar adoecer e depois clamar pela misericórdia e a cura de Deus é tentar ao Senhor.

          Tive um amigo, pregador da Palavra de Deus, que sempre recitava para mim um versículo bíblico ao me ver praticando exercícios físicos. Ele dizia, "Jocimar, o exercício corporal para nada aproveita, mas a piedade para tudo é proveitosa." (I Tim. 4.8). A minha compreensão é a de que ele estava tentando me dizer que eu estava perdendo tempo com a prática de exercícios físicos. Muitos anos se passaram, e hoje aquele meu amigo já não existe mais. Foi vítima de um cancer da próstata muito agressivo. Parece-me que, neste caso, uma coisa deve ser observada sem nos esquecermos da outra; afinal de contas, cuidar do nosso corpo também está inserido no contexto da nossa espiritualidade.

          Os muitos anos de serviço cristão, as muitas almas ganhas para Jesus e os muitos sermões não foram capazes de livrar o meu amigo da morte prematura, infelizmente.

Veja se você concorda comigo:

"Uma cena digna de revolta é ver políticos não nascidos do Espírito que se auto-denominan 'irmãos' e usam 'jargões evangélicos' na tentativa de se parecerem conosco para, então, usurparem os nossos votos.

Cena mais ridícula e revoltante do que esta só aquela dos nossos irmãos políticos, realmente nascidos do Espírito, que se auto-denominam 'irmãos' dos católicos e espíritas e que fazem uso do linguajar e dos esquemas podres do mundo na tentativa de se parecerem com os perversos deste mundo para, então, usurparem seus votos." (Pr. Jocimar Flausino)

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”

Davi costumava conversar com Deus sobre diversos assuntos da sua vida. Em I Samuel 23.12, por exemplo, vêmo-lo perguntar ao Senhor se os moradores de Queila o entregariam a Saul ou não; alhures, vêmo-lo indagar a Deus se deveria governar alguma das cidades de Judá (II Samuel 2.1). E assim por diante. Conversar com Deus fazia parte do seu dia-a-dia. Havia, porém, um assunto, sobre o qual Davi não se permitia conversar com o Senhor: o seu gigante interior; aquela paixão irrefreada por mulheres que ele, ao longo dos anos, preferiu nutrir, alimentar. Eu chamo este silêncio de “silêncio pecaminoso”.
          Davi era um homem de Deus. Homens de Deus também correm o risco de conversar com o Senhor somente aquilo que lhes interessa. Oração de conveniência. Davi nunca abriu para Deus aqueles porões da alma onde mantinha o seu gigante interior. E foi precisamente por esta razão que ele não resistiu à tentação com relação a Bate-Seba. Não que Bate-Seba fosse uma mulher de beleza irresistível; o problema, sabemos, estava naquele porão obscuro da alma de Davi. E como ele não foi devidamente tratado, um dia despertou e começou a exigir um espaço maior. Problema típico dos gigantes.

          Todos nós, filhos de Deus, também corremos o risco de conduzirmos uma vida de oração de conveniência: conversarmos com o Pai somente a respeito daqueles assuntos que nos interessam. Conversa de puro interesse pessoal. Chegamos a consultar a Deus sobre variados assuntos de nossas vidas; ora indagamos, ora pedimos, ora choramos e até imploramos, mas nunca tocamos naquelas questões que estão abaixo da superfície; delas, cuidamos nós. Não é de estranhar que alguns de nós tenham, de um lado, oração; de outro, sucessivos fracassos. Não nos falta conversa com o Pai; falta-nos, no entanto, tocar naquelas questões que insistimos em manter aquarteladas nos porões de nossa alma.

          Já é hora de trazermos os gigantes dos porões para o nosso quarto de escuta.
          A nossa mais convincente e fervorosa oração continua sendo uma vida de submissão e obediência a Deus.

“DEUS QUIS MATAR MOISÉS”

“... o Senhor se encontrou com Moisés e procurou matá-lo.” (Ex. 4.24b)

          Houve um dia quando Deus quis matar Moisés. Só não o fez graças à sabedoria e iniciativa de Zípora, sua esposa (graças a Deus pelas esposas sábias e corajosas!). Não fosse pela sábia intervenção dela, não resta dúvida de que Deus teria destruído Moisés.

          Deus não tem respeito por homens de alta posição ou inigualável potencial; Ele não tem respeito por homens ricos e poderosos; nem tampouco por homens inteligentes e influentes. Todos, sem exceção, precisam se curvar ante a Sua majestosa presença em humilde obediência e submissão. Mesmo o grande e incomparável Moisés que Lhe falava face a face como se fala com um amigo teve que aprender esta lição.

          Deus jamais ignora a presença do pecado em qualquer um de seus filhos. Ele não ignorou o descuido e a desobediência de Moisés; também não ignorou as transgressões de Davi, a quem Ele próprio chamou de ‘homem segundo o meu coração’. Ele sempre trata dos nossos pecados, mas jamais os ignora.

          Deus jamais ignora a presença de qualquer tipo de pecado em qualquer um de seus filhos. Negligenciar circuncidar o filho pode ter parecido algo banal aos olhos de Moisés, mas não fosse a intervenção de sua esposa, esta ‘pequena falha’ teria ceifado a sua vida.

          Deus não depende de homens para realizar os seus planos eternos. Se o grande e talentoso Moisés não é suficientemente cuidadoso para observar e cumprir aquilo que lhe foi dito, Deus, na sua inquestionável soberania, pune-o com a morte e levanta tantos outros ‘moiséses’ quantos lhe aprouver. Se uma geração inteira de israelitas não está disposta a confiar nas Suas promessas e caminhar em obediência, Ele espera toda esta geração morrer no deserto e levanta uma nova geração através da qual possa dar consecução aos Seus planos. Tempo nunca foi um problema para Ele.

          Deus não dá carta branca a nenhum dos seus servos, mesmos aos mais famosos e poderosos. Nenhum dos seus escolhidos tem crédito com Ele, a ponto de achar que pode ignorar um ponto de suas ordenanças e sair ileso.

          Amados, regozijemo-nos com Pai, sentemos em seu colo e sintamos o doce afago das Suas mãos, mas jamais brinquemos com Ele, e muito menos com o pecado.

          Deus jamais se deixa escarnecer. Nem mesmo pelo mais nobre e notável de seus filhos.

“O GIGANTE QUE DAVI NUNCA DERROTOU”

Às vezes me pergunto se o desajuste que Davi tinha no seu relacionamento com as mulheres (aquela paixão insaciável) não provinha de um desajuste familiar. Tal desajuste acabou se tornando um desajuste emocional para Davi quando ainda criança, o que, mais tarde, desencadeou, acredito, um desajuste espiritual. A nossa sugestão é a de que Davi cresceu num ambiente familiar negativo e hostil à sua masculinidade. Como disse, esta é apenas uma ‘sugestão’(Desculpem-nos o devaneio).Todavia, temos três ocorrências bíblicas que parecem (eu disse, ‘parecem’) apontar nesta direção.

          A primeira delas é a que registra a unção de Davi como o futuro rei de Israel (I Samuel 16). Todos sabemos que Jessé, o pai de Davi, considerava-o, àquela época, apenas um garoto, uma criança. Teria Davi sido tratado como “apenas uma criança” também durante um bom tempo da sua adolescência? Teriam seus irmãos mais velhos utilizado esta expressão “apenas uma criança” com uma conotação derrogatória da sua masculinidade? (diga-se de passagem, muitos irmãos adultos cometem este tipo de crueldade com seus irmãozinhos, o que é de se lamentar profundamente).

          A segunda ocorrência bíblica encontra-se em I Samuel 17.28. As palavras de Eliabe, o irmão mais velho de Davi, podem ser puramente circunstanciais, mas podem também sugerir que Davi não era muito bem-quisto pelos irmãos, talvez por ser o caçula e “o filho mais querido da mamãe”.

          A terceira ocorrência é, na verdade, uma percepção da grande ausência dos irmãos de Davi nos negócios do seu reino. Esta ausência pode ser meramente casual, mas pode também significar um tipo de represália de Davi para com os irmãos.

          Nada do que foi dito até este momento pode ser claramente corroborado pelas Escrituras. Configura-se, no entanto, como um quadro plausível e muito comum dentro das famílias. Se este foi o caso na família de Jessé, como temos sugerido, sabemos, então, que Davi cresceu num ambiente negativo e hostil à sua masculinidade. Isso pode ter incutido no menino um sentimento horrível de inadequação e aceitação. Ao chegar à idade adulta, Davi tentou provar para si mesmo e para os sete irmãos mais velhos que ele era um homem de verdade. Infelizmente, fê-lo de maneira equivocada, acumulando para si uma quantidade desnecessária de esposas e concubinas. Aos trinta anos de idade Davi já havia tomado para si cerca de 19 mulheres (II Samuel 2.3-5; 5.13-15).

          Fico a pensar em quantos meninos em nossas famílias não estão hoje sendo emocionalmente massacrados pelas ‘brincadeiras’ e críticas cruéis de pais e familiares. Garotinhos que crescem se sentindo totalmente desajustados por não sentirem aceitos e amados por aqueles que deveriam ser os primeiros a lhes oferecer carinho, amor e proteção. Que Deus tenha misericórdia das nossas crianças!

          Fico também a pensar em quantos homens da nossa sociedade não têm hoje uma vida sexual desajustada por sofrerem maltratados na infância. Homens que tiveram a sua masculinidade criticada e ridicularizada, de alguma forma, durante a infância, e que, agora, na idade adulta, multiplicam as suas parceiras sexuais numa tentativa desesperada de provar para si mesmos e para os fantasmas do seu passado que não são aquilo que os outros sempre suspeitaram que fossem. Satanás valeu-se dos seus desajustes emocionais para conduzi-los a uma vida de desajuste espiritual. Que Deus tenha misericórdia de tais homens!

          A via que dá acesso à cura e perdão continua sendo a mesma: arrependimento, confissão e fé no amor incondicional dAquele que entregou a sua vida na cruz do Calvário por todos nós: JESUS.

“TEIMANDO EM PRESERVAR AQUILO QUE O SENHOR JÁ REJEITOU”

I Samuel 15.1-34

“ Vá, ataque os amalequitas e destrua completamente tudo o que eles têm. Não tenha só nem piedade. Mate todos os homens e mulheres, crianças e bebês, gado e ovelhas, camelos e jumentos.”
“E Saul derrotou os amalequitas, desde Havilá até Sur, a leste do Egito. Prendeu Agague, o rei dos amalequitas, porém matou todo o povo. Saul e os seus soldados não mataram as melhores ovelhas, os melhores touros, bezerros e carneiros e tudo o mais que era bom. Mas destruíram tudo o que era imprestável e sem valor.” (vs. 3; 7-9, grifo meu).

          Primeiramente, gostaria de justificar a mudança do título desta série de meditações. Passamos a utilizar a palavra “teimando” ao invés de “insistindo” por acreditar que ela descreve melhor a atitude de Saul diante da ordem dada por Deus. Penso que todos nós conhecemos muito bem, por experiência, o que é teimosia, não é verdade?

          Quantas vezes eu e você, à semelhança do teimoso Saul também nos rebelamos contra a palavra de Deus ao preferirmos seguir as nossas próprias convicções e atender aos nossos próprios desejos?

          Como vimos, Saul não estava pronto e desejoso de cumprir as claras instruções do Senhor Deus na sua vida porque, antes de tudo, ele fez de si mesmo o centro da sua existência. (I Samuel 15.12). Consequentemente, ele passou a valer-se do seu relacionamento com Deus e das bênçãos e posição que Deus lhe havia conferido como uma forma de enaltecer e honrar a sua própria pessoa. O equivoco de Saul foi achar que Deus o tivesse escolhido e ungido para que ele fosse servido e honrado ao invés de servir e honrar. Como sabemos, este equívoco o levou ao cúmulo de erguer um monumento em honra de si mesmo.

          Saul também não se mostrou  pronto e desejoso de cumprir a vontade de Deus porque ele não se preocupou com estabelecer um relacionamento pessoal com o Senhor. (I Samuel 15.30). Desde o início do relato da sua história, no capítulo 9 de I Samuel, percebemos a ausência deste desejo de relacionar-se pessoal e intimamente com o Senhor. Ao conversar com Samuel, Saul repetidas vezes referiu-se a Deus como “o seu Deus” ao invés de “o meu Deus” (veja também o verso 21). Estas ocorrências, que não são casuais, revelam a pouca importância que Saul atribuiu ao seu relacionamento com Deus. E não obstante o Espírito do Senhor tenha vindo sobre ele por duas vezes e o tenha usado de forma poderosa para livrar o povo de Israel (I Samuel 10.10 e 11.6), o seu modo de viver aponta para o fato de que ele nunca chegou a conhecer a Deus de fato.

          Um ensinamento a ser aprendido a partir destas observações é que o nosso relacionamento com Deus precisa ir muito além de um relacionamento meramente institucional e religioso. Saul conheceu a Deus como o Deus de Israel e como o Deus de Samuel, mas nunca chegou a conhecê-Lo como o seu próprio Deus e Senhor. Isso resultou numa vida de grande tormento, insegurança e falta de sabedoria; e por fim, numa morte prematura e trágica.

          Um outro ensinamento é o fato de alguém ser poderosamente usado por Deus para o cumprimento um propósito não se constituir numa garantia ou evidência de um relacionamento íntimo e pessoal com o Senhor. É lamentável que Saul tenha sido grandemente usado pelo Espírito de Deus em duas ocasiões muito significativas e especiais, mas que ele não tenha rendido a totalidade da sua existência ao controle deste mesmo Espírito. O mesmo fato lamentável pode se repetir na vida de qualquer cristão que decidir andar segundo a carne e não segundo o Espírito, como nos ensina, por exemplo, o texto de Gálatas 5.16-26. Infelizmente, certos cristãos que, no passado, foram usados por Deus de forma grandiosa e singular, hoje se encontram mergulhados num profundo ostracismo espiritual. E por quê? A resposta pode estar justamente no fato de que, com o passar dos anos, estas pessoas se descuidaram do cultivo de uma vida de contínua busca pela presença e unção de Deus em suas vidas.

"E Continuo Tentando Fazer o Errado Dar Certo..."

Aconteceu de novo.
         Aqui estou: 02:42 da madrugada de uma terça-feira quente de  primavera sem conseguir conciliar o sono. Exausto, depois de um dia bastante atarefado. A vontade de dormir é grande, mas o estômago queima terrivelmente. Queima também o peito. Parece que vou explodir de tanto mal estar. Antes de deixar a cama, ainda orei, orei, e orei novamente a Deus, pedindo que aliviasse o meu mal estar e me fizesse dormir, mas parece que Ele não escutou nada do que eu disse...

         Quando olhei para aquela mesa farta diante de mim ontem à noite,
pensei assim (como sempre faço nestas ocasiões), “é claro que desta vez vai dar certo! Prometo que vou comer apenas alguns destes deliciosos rechonchudos pãezinhos de queijo aqui, uns poucos pedaços daquele bolo tão diferente e apetitoso ali, e beliscar, bem de leve, aquela canjica suculenta (hum!)... com amendoim! (humm!!!). É claro que desta vez não vou me sentir mal.”

         E assim foi, quero dizer, cá estou eu... de novo... tentanto fazer dar certo aquilo que, há anos e anos – desde que me entendo por gente – não  funciona pra mim: comer demais tarde da noite. É comer e sofrer. Suor, calafrio, queimação no estômago, ânsia de vômito, e tudo mais. Não tenho experimentado outra coisa nestes últimos trinta anos ou mais de um sistema digestivo radicalmente intolerante a qualquer tipo de alimentação depois das sete horas da noite. Já tentei tapeá-lo  com toda sorte de comida, mas ele não aquiesce. Jamais. É como se dissesse: “Jocimar, você já me conhece; a escolha é sua. Não faço acordos. Não me venha depois culpar pelos resultados.” E eu, que de teimoso tenho tudo (principalmente, olhos grandes diante de uma mesa farta), continuo nesta queda de braço, ou melhor, de boca, com o meu débil aparelho digestivo. E sabe qual é o score atual? Ele: 1000 x Eu: 0.

         Tal limitação pessoal me remete às palavras do Senhor ao Seu povo através do profeta Moisés: “Porém, se vocês não cumprirem o que estão prometendo, estarão pecando contra o Senhor. E fiquem sabendo que vocês serão castigados por causa dos seus próprios pecados.” (Números 32.23) Ao que parece, a minha calamidade pessoal é figura de uma calamidade coletiva. Quantas e quantas vezes ao longo de nossas vidas não temos  também tentado fazer o errado dar certo, escolhendo, conscientemente, o caminho da desobediência a Deus? Enganamo-nos ao achar que podemos nos esquivar daquilo que preceituou o Senhor: “O vosso pecado vos há de achar!” Sabemos, de sobejo, que o fruto do pecado é a morte, mas teimosamente  insistimos  numa queda de braço com o Deus Todo-Poderoso! (e ainda nos julgamos inteligentes!) . As noites mal dormidas, então, se repetem, infalível e soberanamente até que haja uma rendição completa de nossa parte...
         Ui! ... Ai!... Aaai!
         Vai dá não!
         Licença aí que tenho que correr para vomitar...   

“OUVINDO O SILÊNCIO DE DEUS”

Esta interessante expressão é usada pelo escritor Philip Yancey em seu livro “Disappointment With God” (“Decepcionado Com Deus”, p. 297) . Ele disse estar escrevendo para aquelas pessoas que já “ouviram o silêncio de Deus.”

Dentre os muitos filhos de Deus que já “ouviram”, por assim dizer, o silêncio do Pai numa situação de sofrimento e dor estão, com certeza, os filhos de Israel nascidos no Egito durante o período da escravidão. A Bíblia diz que Deus silenciou-se não apenas por um, dez ou vinte anos, mas por 400 longos anos: “Ele disse a Abraão: ‘Os seus descendentes vão viver como estrangeiros em outra terra. Ali eles serão escravos e serão maltratados durante quatrocentos anos’.” (Atos 7.6) Se você acha que Deus tem-se mantido em silêncio com relação à sua e sofrimento por muito tempo, o que pensar da situação daquelas pessoas? Sempre que, egoisticamente, enxergamos somente a nossa situação, sucumbimos à tentação de achar que ninguém jamais experimentou dor como a nossa. Uma simples ‘olhadela’ nasituação daqueles que sofrem ao nosso derredor pode nos servir de conforto e, até mesmo, encorajamento.

Quando lemos a história dos 400 anos de escravidão e maus tratos sofridos pelos filhos de Israel no Egito ( e do concomitante silêncio de Deus), ficamos a pensar em quão difícil deve ter sido para as crianças israelitas nascidas naquele período, acreditar nas histórias das grandes intervenções de Deus na vida dos homens. “Como acreditar nas promessas de libertação e prosperidade de um Deus que se mantém calado e indiferente ao nosso sofrimento há tantos anos?”, podem ter indagado. “Se é que, de fato, existe um Deus todo-poderoso, cheio de amor e misericórdia, como nos têm ensinado nossos pais”, talvez assim concluíram. De uma coisa podemos estar certos: a realidade daquela gente conspirava contra a crença e a confiança em um Deus justo, santo e amoroso. Tudo o que eles tinham era promessas; promessas e escravidão; promessas, escravidão e maus tratos. E de quebra, silêncio: um silêncio que se manteve firme e inflexível por um período de q-u-a-t-r-o-c-e-n-t-o-s anos. Nenhuma voz profética, nenhum sonho revelador, nenhuma manifestação visível de poder, nada, nada; apenas o silêncio... silêncio sisudo de um Pai que ama mas que não profere uma palavra sequer. A fé teria mesmo que nascer, nutrir-se, crescer e se fortalecer apenas com as promessas de Deus. Promessas feitas a antepassados muito distantes... (às vezes me pergunto se não é esta a genuína fé que Deus quer fazer nascer em cada um de seus filhos!).Com certeza, isso foi o que aconteceu com muitos anônimos israelitas que experimentaram um rico e dinâmico relacionamento com Deus, não obstante terem nascido, vivido e morrido neste período de completo silêncio de Deus. Homens e mulheres que nasceram pela fé, pela fé se fortaleceram, e, alicerçados nela, morreram. Homens e mulheres que “não receberam as coisas que Deus tinha prometido, mas as viram de longe e ficaram contentes por causa delas.” (Hebreus 11.13; leia também o verso 39)

O mesmo texto bíblico que recorda o silêncio de Deus (Atos 7.6), faz-nos também lembrar de duas verdades eternas que não somente nos confortam mas também enchem de esperança: 1ª. Deus está nos controle da história. Ele pode escolher calar-se às vezes, é verdade( o que nos parece abandono); mas Ele continua dirigindo os destinos de seus filhos para os fins que Ele mesmo determinou; 2ª. Deus está sempre agindo em favor de seus filhos. Às vezes Ele decide agir no silêncio, é verdade(o que nos parece omissão); mas Ele está sempre trabalhando em favor daqueles que O amam. Sempre.

Se o silêncio é tudo o que você tem conseguido ouvir da parte de Deus nestes últimos meses (e, quem sabe, anos ou, até mesmo, décadas), console-se, anime-se e fortaleça o seu coração com o fato de que Deus está no controle da sua vida e continua trabalhando em seu favor.

O Deus que às vezes escolhe calar-se às vezes desafia o homem a encontrá-Lo no silêncio.

“OS GIGANTES QUE DAVI DERROTOU ANTES DE GOLIAS”

I Samuel 17


Só recentemente eu pude perceber que Davi conseguiu derrotar Golias porque ele havia derrotado outros gigantes antes. Não houvesse Davi enfrentado e derrotado estes gigantes primeiramente, jamais teria sido capaz de derrotar o campeão dos filisteus.

O primeiro gigante que Davi enfrentou e derrotou, antes de vencer Golias, foi o gigante do “você não pode”. O verso 33, diz: “Mas Saul respondeu: ‘- Você não pode lutar contra esse filisteu. Você não passa de um rapazinho, e ele tem sido soldado a vida inteira.’” Davi foi desencorajado pelo rei, chefe do exército israelita; ele também foi desencorajado por seus próprios irmãos.

Todos nós, um dia, precisaremos encarar este gigante de frente e enfrentá-lo em nome do SENHOR. Muitas vezes, este gigante assume a forma de palavras de desencorajamento lançadas sobre nós, como uma maldição, ao longo de nossas vidas. Ou vencemos este gigante, ou sucumbiremos a cada novo projeto, vencidos por palavras tais como: “você não pode”, “você não é capaz”, “você jamais será bem-sucedido”.

É interessante notar que Davi respondeu ao rei não apenas com argumentos, mas com fatos; ele era um rapazinho, sim. Mas era um rapazinho cheio de fé e ousadia, acostumado a vitórias. Um rapazinho por fora, mas um valente guerreiro por dentro; Saul, em contraste, parecia um gigante por fora, mas demonstrou ser um grande covarde por dentro. Como a história se repete! E como as aparências continuam enganando!

Amado, quando o SENHOR lhe disser que você pode e é capaz de vencer, jamais permita que alguém – nem mesmo o seu próprio coração – lhe diga o contrário! O mundo está cheio de pessoas prontas a nos desanimar e desencorajar; lamentavelmente, muitas destas pessoas são membros da nossa própria família. Quantos pais há que estão a soprar, repetida e veementemente, a maldição do “você não pode” sobre os próprios filhos! Tais pessoas não percebem, muitas vezes, que estão fazendo côro com o inimigo das nossas almas, Satanás. Como Davi, precisamos aprender a ignorar estas vozes e ouvir somente a voz de Deus.

A vitória do rapazinho Davi sobre o gigante Golias não começou naquele dia no campo de batalha. Ela começou antes, nos campos onde Davi pastoreava os rebanhos do seu pai. Foi ali que Davi aprendeu a ouvir a voz de Deus e derrotar as palavras de desencorajamento que as pessoas lançavam sobre ele.

Amados, não podemos impedir que as pessoas nos desencorajem, mediante suas críticas, dúvidas, sarcasmo e, até, humilhações; cada pessoa expressa aquilo que contém o seu coração, como disse Jesus. Mas nós podemos filtrar estas coisas com aquilo que o nosso Deus tem falado a nosso respeito na Sua Palavra! O nosso Deus é um Pai que sempre nos encoraja, anima e fortalece! Quando Ele apareceu a Gideão (um líder derrotado e desanimado interiormente), por exemplo, fê-lo com as seguintes palavras: “Você é corajoso, e o SENHOR está com você!” (Juízes 6.12).

Em Cristo, amado, você é mais do que um vencedor!